Bem-vindos!

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  • EVENTOS

    Eventos importantes da AVO

  • PREVENÇÃO

    Prevenir é melhor que remediar - previna-te

  • DIREITOS

    Direitos conquistados pelos ostomizados

  • PRODUTOS

    Produtos variados para sua necessidade

  • domingo, 24 de abril de 2011

    Ser guerreiro... é subir escadas onde não há escadas, é lutar sem se preparar, nunca desistir mesmo que o obstáculo seja muito grande, é saber esperar mesmo que a espera seja em dimensões maiores que a vontade de continuar, é acreditar na vida, é não temer a morte, é saber sorrir mesmo que os labios não se movam, é enxergar mesmo que os olhos estejam fechados, é falar sem palavras, é ouvir mesmo que não existam sons.
    Se guerreiro... é ter fé, mesmo que sua fé seja do tamanho de um grão de mostarda, é acreditar nos amigos , mesmo que os amigos estejam distantes, é ser feliz no reencontro, é viver com que restou e não lamentar o que lhe foi tirado, é saber viver intensamente os momentos bons como os dificeis, é saber o momento de se recolher quando o cansaço da luta já lhe tiraram as forças.
    Ser guerreiro... é vencer o câncer,é  vencer a polipose familiar, é vencer o crohn, é vencer a morte, mas o guerreiro nunca está preparado para vencer as decepções, elas penetram no profundo da alma e destroem seu eu , elas corroem a esperança e corrompem a auto-estima... depois... descanse guerreiro, voce venceu.
    Mario Romero- 24/abril/2011

    SER GUERREIRO É...

    Posted at  08:29:00  |  in  Mensagens  |  Leia mais»

    Ser guerreiro... é subir escadas onde não há escadas, é lutar sem se preparar, nunca desistir mesmo que o obstáculo seja muito grande, é saber esperar mesmo que a espera seja em dimensões maiores que a vontade de continuar, é acreditar na vida, é não temer a morte, é saber sorrir mesmo que os labios não se movam, é enxergar mesmo que os olhos estejam fechados, é falar sem palavras, é ouvir mesmo que não existam sons.
    Se guerreiro... é ter fé, mesmo que sua fé seja do tamanho de um grão de mostarda, é acreditar nos amigos , mesmo que os amigos estejam distantes, é ser feliz no reencontro, é viver com que restou e não lamentar o que lhe foi tirado, é saber viver intensamente os momentos bons como os dificeis, é saber o momento de se recolher quando o cansaço da luta já lhe tiraram as forças.
    Ser guerreiro... é vencer o câncer,é  vencer a polipose familiar, é vencer o crohn, é vencer a morte, mas o guerreiro nunca está preparado para vencer as decepções, elas penetram no profundo da alma e destroem seu eu , elas corroem a esperança e corrompem a auto-estima... depois... descanse guerreiro, voce venceu.
    Mario Romero- 24/abril/2011

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    domingo, 17 de abril de 2011

    HUMANIZAÇÃO ... VOCE TAMBEM PODE

    Posted at  17:30:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    1 comentários:

    Humanizar e acreditar na capacidade humana, com carinho e afeto.

    Diante de tanta tecnologia, alguns atuantes na área da saúde perderam a responsabilidade de cuidar daqueles que estão examinando, pois medicamentos e aparelhos são essenciais e indispensáveis para que a saúde dos que necessitam de cuidados especiais, seja adquirida novamente, independente dos danos posteriores.
    Alguns não desejam envolver-se por completo, principalmente, quando não acreditam na possibilidade de que o tratamento possa curar, apenas facilitar no impedimento de uma morte rápida.
    Será que podemos aceitar em nossa sociedade, pessoas que se dedicam tanto aos estudos, tornam-se profissionais ditos competentes, apenas pelo fato de conseguirem um diploma?
    Poderíamos questioná-los se não fosse o fato disto. Anos e anos de especializações, para conseguir manter seus clientes saudáveis, sem se preocupar se os mesmos morrerão torturados pelo fato de saberem seus destinos, onde a única esperança que os mantêm vivos é nada mais, nada menos, que uma tecnologia criada em busca de conforto e facilidades.
    Mas porque isso não consegue resolver exatamente tudo que um ser humano precisa?! Porque em alguns casos, o uso da ciência é totalmente inútil e para outros com os mesmos problemas é benéfico?
    Crianças e adultos que sofrem com o câncer, vírus, paralisias, enfim, diversas doenças e patologias que os impedem de viver normalmente como qualquer outro ser humano “privilegiado” que não sofre e nem imagina o que é ser um doente, ou um dependente de ajuda constante para realizar tarefas diárias.
    Apesar de muitas descobertas eficientes e completamente necessárias, a melhor de todas foi perceber que a saúde de um ser que se sente totalmente isolado de uma sociedade, esta dentro de sua Alma, daquilo que pode ser alimentado com esperança e crença de que não só um tratamento demorado e doloroso poderá trazer de volta o sopro da “vida”, mas sim o verdadeiro valor que passará a existir, a partir do momento que todos os atuantes na área da saúde, ensinar que a capacidade vai além da compreensão e explicação da ciência.
    A Humanização Hospitalar é mais que um medicamento, é a solução para que todos acreditem que tudo é possível quando feito com felicidade e harmonia, quando a presença dos familiares para recuperação é indispensável e quando o mundo gira em uma só direção em busca de igualdade para todos, pois qualquer um de nós poderá vir a ter uma patologia onde muitos dirão não haver cura.
    A importância de um bom resultado deve estar em todos os profissionais que estudam para o bem da humanidade, não pela fama ou dinheiro que isso possa trazer.
    Aqueles que buscam em seus pacientes atenciosamente, o que o "mundo" os fez acreditar terem perdido:
    "Os Milagres exercidos pelas vontades Divinas"

    Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
    Humanização Hospitalar publicado 12/08/2010 por Tamara Rubio em http://www.webartigos.com/



    Fonte: http://www.webartigos.com/articles/44618/1/Humanizacao-Hospitalar/pagina1.html#ixzz1JnmzauSM

    HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

    Posted at  10:24:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    Humanizar e acreditar na capacidade humana, com carinho e afeto.

    Diante de tanta tecnologia, alguns atuantes na área da saúde perderam a responsabilidade de cuidar daqueles que estão examinando, pois medicamentos e aparelhos são essenciais e indispensáveis para que a saúde dos que necessitam de cuidados especiais, seja adquirida novamente, independente dos danos posteriores.
    Alguns não desejam envolver-se por completo, principalmente, quando não acreditam na possibilidade de que o tratamento possa curar, apenas facilitar no impedimento de uma morte rápida.
    Será que podemos aceitar em nossa sociedade, pessoas que se dedicam tanto aos estudos, tornam-se profissionais ditos competentes, apenas pelo fato de conseguirem um diploma?
    Poderíamos questioná-los se não fosse o fato disto. Anos e anos de especializações, para conseguir manter seus clientes saudáveis, sem se preocupar se os mesmos morrerão torturados pelo fato de saberem seus destinos, onde a única esperança que os mantêm vivos é nada mais, nada menos, que uma tecnologia criada em busca de conforto e facilidades.
    Mas porque isso não consegue resolver exatamente tudo que um ser humano precisa?! Porque em alguns casos, o uso da ciência é totalmente inútil e para outros com os mesmos problemas é benéfico?
    Crianças e adultos que sofrem com o câncer, vírus, paralisias, enfim, diversas doenças e patologias que os impedem de viver normalmente como qualquer outro ser humano “privilegiado” que não sofre e nem imagina o que é ser um doente, ou um dependente de ajuda constante para realizar tarefas diárias.
    Apesar de muitas descobertas eficientes e completamente necessárias, a melhor de todas foi perceber que a saúde de um ser que se sente totalmente isolado de uma sociedade, esta dentro de sua Alma, daquilo que pode ser alimentado com esperança e crença de que não só um tratamento demorado e doloroso poderá trazer de volta o sopro da “vida”, mas sim o verdadeiro valor que passará a existir, a partir do momento que todos os atuantes na área da saúde, ensinar que a capacidade vai além da compreensão e explicação da ciência.
    A Humanização Hospitalar é mais que um medicamento, é a solução para que todos acreditem que tudo é possível quando feito com felicidade e harmonia, quando a presença dos familiares para recuperação é indispensável e quando o mundo gira em uma só direção em busca de igualdade para todos, pois qualquer um de nós poderá vir a ter uma patologia onde muitos dirão não haver cura.
    A importância de um bom resultado deve estar em todos os profissionais que estudam para o bem da humanidade, não pela fama ou dinheiro que isso possa trazer.
    Aqueles que buscam em seus pacientes atenciosamente, o que o "mundo" os fez acreditar terem perdido:
    "Os Milagres exercidos pelas vontades Divinas"

    Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
    Humanização Hospitalar publicado 12/08/2010 por Tamara Rubio em http://www.webartigos.com/



    Fonte: http://www.webartigos.com/articles/44618/1/Humanizacao-Hospitalar/pagina1.html#ixzz1JnmzauSM

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    sexta-feira, 15 de abril de 2011

    Palestra proferida pelo Dr. João Diniz, onde abordou o tratamento dado aos pacientes, pois ainda no Brasil muitos pacientes são tratados e agredidos pelo corpo clinico dos Hospitais no quesito elevação da auto-estima, carinho e amor. Pacientes são conhecidos pelo numero do quarto e pela enfermidade na qual estão sendo tratados e não pelo nome e sobrenome, criando assim um relacionamento vazio e frio, levando muitas vezes o paciente a não evolução da cura. Sendo assim foi abordado o preparo e a modificação da postura dos enfermeiros e médicos. E como a AVO já esta praticando o trabalho de Voluntariado dentro deste Hospital, foi nos dado a oportunidade de aperfeiçoar com novos conhecimentos e tambem pretigiar este belo trabalho que o HUT está desenvolvendo junto aos seus funcionários.
    Na foto vemos o Sr. Rodrigo da Silva Ferroni Pompeu- Presidente da CIPA no Hospital Universitário, o Dr. João Diniz - Palestrante e o Sr. Mario Romero- Presidente da AVO.
    Nesta foto vemos a nossa Tesoureira Srta. Ana Rafaela.

    HOSPITAL UNIVERSITARIO DE TAUBATÉ- PALESTRA SOBRE HUMANIZAÇÃO

    Posted at  14:06:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    Palestra proferida pelo Dr. João Diniz, onde abordou o tratamento dado aos pacientes, pois ainda no Brasil muitos pacientes são tratados e agredidos pelo corpo clinico dos Hospitais no quesito elevação da auto-estima, carinho e amor. Pacientes são conhecidos pelo numero do quarto e pela enfermidade na qual estão sendo tratados e não pelo nome e sobrenome, criando assim um relacionamento vazio e frio, levando muitas vezes o paciente a não evolução da cura. Sendo assim foi abordado o preparo e a modificação da postura dos enfermeiros e médicos. E como a AVO já esta praticando o trabalho de Voluntariado dentro deste Hospital, foi nos dado a oportunidade de aperfeiçoar com novos conhecimentos e tambem pretigiar este belo trabalho que o HUT está desenvolvendo junto aos seus funcionários.
    Na foto vemos o Sr. Rodrigo da Silva Ferroni Pompeu- Presidente da CIPA no Hospital Universitário, o Dr. João Diniz - Palestrante e o Sr. Mario Romero- Presidente da AVO.
    Nesta foto vemos a nossa Tesoureira Srta. Ana Rafaela.

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    terça-feira, 12 de abril de 2011

    Olá Marina, me chamo Sandra, tenho 43 anos de idade, contanto do dia em que nasci, e do meu renascimento tenho só 3 anos e 8 meses. Bom fiquei sabendo da sua história através do Mario Romero, então vim através  dessas palavras te contar um pouquinho da minha historia. Em  3 agosto de 2007, eu estava trabalhando e já fazia uns 3 dias que eu sentia uma pequena dor que muito me incomodava no lado esquerdo bem no baixo ventre, tomei um analgésico e continuei trabalhando, já na metade do meu plantão, a dor estava mais intensa, daí resolvi falar com a medica que estava de plantão junto comigo, ela me examinou e sentiu uma massa, e logo me encaminhou pra fazer um ultrassom que diagnosticou um tumor do tamanho de um melão pequeno, e estava hemorrágico, por isso sentia forte dor, da sala do ultrassom fui direto para centro cirúrgico, toda assustada com medo, pois a medica me disse que poderia ser um câncer, pois há uma semana atrás eu tinha realizado um ultrassom que já tinha diagnosticado um pequeno cisto,as me uma semana ele se desenvolveu pra um tumor muito grande, conclusão fiquei desesperada, mas confiante em Deus de que nada seria de ruim, fui anestesiada, e qdo eu acordei estava do meu lado o medico, meu marido e meu filho, eu estava bem debilitada, com uma sonda no nariz, e perguntei se já tinha sido operada e se tinha dado tudo certo, recebi duas noticias, uma boa e uma ruim, a boa era que fizeram biopsia no ato da cirurgia e o tumor era benigno, e a ruim, era que durante a cirurgia, os médicos haviam perfurado meu intestino e minha bexiga. Na hora eu nem me dei conta do risco que aquilo significava, os médicos diziam terem feito as suturas e que tudo ficaria bem...fiquei 14 dias internada sem poder me alimentar nem mesmo água eu podia tomar, foram muitas dores cede e fome, eu sempre falava que doía muito mas os médicos diziam que eu era fraca pra dor, sem contar que eu vomitava muito e cheguei a um estado de não conseguir ficar de pé...mas com 17 dias me deram alta, com liberação de dieta somente liquida, fui pra casa com abdomem muito inchado e muita dor, dois dias depois voltei ao hospital pra retirar os pontos e já estava apresentando febre, fizeram exames de sangue e falaram ser normal o pouco de infecção, no dia seguinte acordei com uma forte dor fora do comum, levantei e senti escorrer um liquido pelas pernas e qdo olhei vi que era fezes que estava saindo pela cicatriz da cirurgia...voltei ao hospital na certesa que iria morrer, pois sair fezes pela barriga na certa meu abdomem já estava todo contaminado, voltei pra cirurgia de urgência pois os exames já indicavam infecção generalizada, qdo acordei da anestesia eu estava na UTI, com edema pulmonar ( não respirava sem ajuda de aparelhos), e uma colostomia, não me lembro muito dos dias em que fiquei na UTI, teve momentos que cheguei a pedir a Deus pra me tirar a vida, pois já não agüentava mais sofrer. (ainda bem que Deus não atendeu) rsrs. Bom qdo consegui sair do tubo, passei a respirar só com ajuda de mascara de oxigênio e a infecção estava melhorando...e logo fui pro quarto, e só ai me dei conta que estava ostomizada...sai da UTI, e já não andava, havia perdido quase 15 quilos e minhas pernas estavam tão fracas que não suportava meu peso, tive que fazer fisioterapia e aprender andar denovo...mas tudo isso não era nada perto da tristesa que eu sentia em estar com colostomia, eu não aceitava estar naquela situação, chorava tempo todo, e meu marido, minha família sempre me dando forças, mas nada me animava, eu não queria aquela situação...passaram os dias tive alta fui pra casa e não queria que ninguém me visse daquele jeito, eu passava os dias deitada no sofá sem falar com ninguém e não queria que ninguém me tocasse...minha revolta com a vida e a situação era grande, mas um dia senti vontade de da uma olhada no meu Orkut, e acabei procurando uma comunidade de ostomizados, entrei na comunidade e comecei a ler os depoimentos das pessoas que estavam na mesma situação de ostomizada que eu estava, só que cada um com uma historia diferente...e a que mais me chamou atenção foi a do Mario Romero, foi um exemplo de vida pra mim, eu ali revoltada por estar ostomizada ( provisoriamente) enquanto tantas pessoas que ali estavam contando suas historias eram ostomizados definitivamente, e com pior diagnostico que era por causa de um câncer, foi ai que minha consciência se abriu e me fez ver, como eu estava sendo egoísta, fraca e sem vontade de viver...pois eu tinha recebido a maior de todas as graças que foi a CHANCE DE VIVER, pois Deus havia me escolhido pra passar por tudo aquilo, pra que eu sentisse o Amor de Deus na minha vida, o amor da minha família, e aprender a valorizar mais tudo que a vida me proporcionava...dali pra frente criei coragem, aprendi cuidar do meu moranguinho ( nome que dei ao meu estoma), foram dias sofridos, não vou dizer que foi fácil, pois as limitações apareciam, mas me adaptei bem, adaptei roupas para poder sair sem que as pessoas percebessem, vi que eu podia fazer tudo que antes eu fazia, somente uma coisa que me deixava muito insegura, que foi voltar as minha vida intima com meu marido, mas ele sempre me ajudou, me apoiou e teve muita paciência comigo, e me fez sentir desejada como sempre fui antes de ser ostomizada, nunca demonstrou qualquer tipo de rejeição...eu tbm perdia a vergonha das pessoas, dos meus amigos saberem que eu estava usando uma bolsinha, e todos me tratavam da mesma forma que antes, comecei a sair, me divertir, dançar e levar minha vida normal, até o dia da minha cirurgia de reconstrução intestinal...mas te digo uma coisa, apesar de tudo que passei, eu agradeço a Deus por ter me dado a chance de ter sido ostomizada, pois esse foi um dos recursos que Deus ensinou aos homens através da ciencia, pois os ostomizados tem chance de viver, sem necessidade de transplantes, como muitos necessitam e nem sempre conseguem um doador e acabam morrendo...então Marina se anime lute agarre essa Grande chance que Deus te deu de estar VIVA!!! Hoje sinto muito carinho e amor pelos ostomizados, pois sei o quanto é valoroso ser ostomizado, apesar de todas a limitações somos pessoas, que AMAM A VIDA, QUE TEM SENTIMENTOS, DESEJOS, COMO QUALQUER OUTRA PESSOA, não somos deficentes físicos aparentes, apenas fazemos numero 2 em local diferente e isso não é pra todos hein!! Rsrsrs. Nós ostomizados somos previlegiados,  pois fomos escolhidos por Deus para viver de forma diferente, mas com todo direito de ser feliz. Tenha Fé em Deus que vc vai ficar bem, e ame seu estoma, pois ele é um pedacinho de vc que te deu a VIDA.


    Sandra Polato.

    CARTA PARA MARINA

    Posted at  16:51:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    Olá Marina, me chamo Sandra, tenho 43 anos de idade, contanto do dia em que nasci, e do meu renascimento tenho só 3 anos e 8 meses. Bom fiquei sabendo da sua história através do Mario Romero, então vim através  dessas palavras te contar um pouquinho da minha historia. Em  3 agosto de 2007, eu estava trabalhando e já fazia uns 3 dias que eu sentia uma pequena dor que muito me incomodava no lado esquerdo bem no baixo ventre, tomei um analgésico e continuei trabalhando, já na metade do meu plantão, a dor estava mais intensa, daí resolvi falar com a medica que estava de plantão junto comigo, ela me examinou e sentiu uma massa, e logo me encaminhou pra fazer um ultrassom que diagnosticou um tumor do tamanho de um melão pequeno, e estava hemorrágico, por isso sentia forte dor, da sala do ultrassom fui direto para centro cirúrgico, toda assustada com medo, pois a medica me disse que poderia ser um câncer, pois há uma semana atrás eu tinha realizado um ultrassom que já tinha diagnosticado um pequeno cisto,as me uma semana ele se desenvolveu pra um tumor muito grande, conclusão fiquei desesperada, mas confiante em Deus de que nada seria de ruim, fui anestesiada, e qdo eu acordei estava do meu lado o medico, meu marido e meu filho, eu estava bem debilitada, com uma sonda no nariz, e perguntei se já tinha sido operada e se tinha dado tudo certo, recebi duas noticias, uma boa e uma ruim, a boa era que fizeram biopsia no ato da cirurgia e o tumor era benigno, e a ruim, era que durante a cirurgia, os médicos haviam perfurado meu intestino e minha bexiga. Na hora eu nem me dei conta do risco que aquilo significava, os médicos diziam terem feito as suturas e que tudo ficaria bem...fiquei 14 dias internada sem poder me alimentar nem mesmo água eu podia tomar, foram muitas dores cede e fome, eu sempre falava que doía muito mas os médicos diziam que eu era fraca pra dor, sem contar que eu vomitava muito e cheguei a um estado de não conseguir ficar de pé...mas com 17 dias me deram alta, com liberação de dieta somente liquida, fui pra casa com abdomem muito inchado e muita dor, dois dias depois voltei ao hospital pra retirar os pontos e já estava apresentando febre, fizeram exames de sangue e falaram ser normal o pouco de infecção, no dia seguinte acordei com uma forte dor fora do comum, levantei e senti escorrer um liquido pelas pernas e qdo olhei vi que era fezes que estava saindo pela cicatriz da cirurgia...voltei ao hospital na certesa que iria morrer, pois sair fezes pela barriga na certa meu abdomem já estava todo contaminado, voltei pra cirurgia de urgência pois os exames já indicavam infecção generalizada, qdo acordei da anestesia eu estava na UTI, com edema pulmonar ( não respirava sem ajuda de aparelhos), e uma colostomia, não me lembro muito dos dias em que fiquei na UTI, teve momentos que cheguei a pedir a Deus pra me tirar a vida, pois já não agüentava mais sofrer. (ainda bem que Deus não atendeu) rsrs. Bom qdo consegui sair do tubo, passei a respirar só com ajuda de mascara de oxigênio e a infecção estava melhorando...e logo fui pro quarto, e só ai me dei conta que estava ostomizada...sai da UTI, e já não andava, havia perdido quase 15 quilos e minhas pernas estavam tão fracas que não suportava meu peso, tive que fazer fisioterapia e aprender andar denovo...mas tudo isso não era nada perto da tristesa que eu sentia em estar com colostomia, eu não aceitava estar naquela situação, chorava tempo todo, e meu marido, minha família sempre me dando forças, mas nada me animava, eu não queria aquela situação...passaram os dias tive alta fui pra casa e não queria que ninguém me visse daquele jeito, eu passava os dias deitada no sofá sem falar com ninguém e não queria que ninguém me tocasse...minha revolta com a vida e a situação era grande, mas um dia senti vontade de da uma olhada no meu Orkut, e acabei procurando uma comunidade de ostomizados, entrei na comunidade e comecei a ler os depoimentos das pessoas que estavam na mesma situação de ostomizada que eu estava, só que cada um com uma historia diferente...e a que mais me chamou atenção foi a do Mario Romero, foi um exemplo de vida pra mim, eu ali revoltada por estar ostomizada ( provisoriamente) enquanto tantas pessoas que ali estavam contando suas historias eram ostomizados definitivamente, e com pior diagnostico que era por causa de um câncer, foi ai que minha consciência se abriu e me fez ver, como eu estava sendo egoísta, fraca e sem vontade de viver...pois eu tinha recebido a maior de todas as graças que foi a CHANCE DE VIVER, pois Deus havia me escolhido pra passar por tudo aquilo, pra que eu sentisse o Amor de Deus na minha vida, o amor da minha família, e aprender a valorizar mais tudo que a vida me proporcionava...dali pra frente criei coragem, aprendi cuidar do meu moranguinho ( nome que dei ao meu estoma), foram dias sofridos, não vou dizer que foi fácil, pois as limitações apareciam, mas me adaptei bem, adaptei roupas para poder sair sem que as pessoas percebessem, vi que eu podia fazer tudo que antes eu fazia, somente uma coisa que me deixava muito insegura, que foi voltar as minha vida intima com meu marido, mas ele sempre me ajudou, me apoiou e teve muita paciência comigo, e me fez sentir desejada como sempre fui antes de ser ostomizada, nunca demonstrou qualquer tipo de rejeição...eu tbm perdia a vergonha das pessoas, dos meus amigos saberem que eu estava usando uma bolsinha, e todos me tratavam da mesma forma que antes, comecei a sair, me divertir, dançar e levar minha vida normal, até o dia da minha cirurgia de reconstrução intestinal...mas te digo uma coisa, apesar de tudo que passei, eu agradeço a Deus por ter me dado a chance de ter sido ostomizada, pois esse foi um dos recursos que Deus ensinou aos homens através da ciencia, pois os ostomizados tem chance de viver, sem necessidade de transplantes, como muitos necessitam e nem sempre conseguem um doador e acabam morrendo...então Marina se anime lute agarre essa Grande chance que Deus te deu de estar VIVA!!! Hoje sinto muito carinho e amor pelos ostomizados, pois sei o quanto é valoroso ser ostomizado, apesar de todas a limitações somos pessoas, que AMAM A VIDA, QUE TEM SENTIMENTOS, DESEJOS, COMO QUALQUER OUTRA PESSOA, não somos deficentes físicos aparentes, apenas fazemos numero 2 em local diferente e isso não é pra todos hein!! Rsrsrs. Nós ostomizados somos previlegiados,  pois fomos escolhidos por Deus para viver de forma diferente, mas com todo direito de ser feliz. Tenha Fé em Deus que vc vai ficar bem, e ame seu estoma, pois ele é um pedacinho de vc que te deu a VIDA.


    Sandra Polato.

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    sexta-feira, 8 de abril de 2011

    Foi realizado no GAPC de Taubaté- Grupo de Apoio ao Paciente com Câncer, uma palestra proferida pela Sra. Claudia Santana S. Toledo da cidade de São José dos Campos, onde abordou com muita sabedoria e carinho este tema, conseguindo elevar a auto-estima dos pacientes e ensinando a correta utilização dos medicamentos no combate ao câncer e seus efeitos colaterais. Tivemos momentos de reflexão e amizade, mesmo sensiveis e fragilizados absorveram com muito amor aquele momento de união, onde, sentados em circulo, olhando nos olhos um dos outros conseguimos abraçar a vida como meta. A AVO se fez presente prestigiando este evento e apoiando a iniciativa do Grupo GAPC.
    PARABENS.

    DIA MUNDIAL DE COMBATE AO CÂNCER - 08 DE ABRIL DE 2011- GAPC- TAUBATÉ

    Posted at  18:51:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    Foi realizado no GAPC de Taubaté- Grupo de Apoio ao Paciente com Câncer, uma palestra proferida pela Sra. Claudia Santana S. Toledo da cidade de São José dos Campos, onde abordou com muita sabedoria e carinho este tema, conseguindo elevar a auto-estima dos pacientes e ensinando a correta utilização dos medicamentos no combate ao câncer e seus efeitos colaterais. Tivemos momentos de reflexão e amizade, mesmo sensiveis e fragilizados absorveram com muito amor aquele momento de união, onde, sentados em circulo, olhando nos olhos um dos outros conseguimos abraçar a vida como meta. A AVO se fez presente prestigiando este evento e apoiando a iniciativa do Grupo GAPC.
    PARABENS.

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    quinta-feira, 7 de abril de 2011

    A ostomia nos leva de encontro a uma realidade que talvez seja a mais fabulosa maneira de encontrar a vida em toda sua plenitude. Digo isso com toda minha experiencia pois, ao passar pela estrada da segunda chance, pude visualizar todos os momentos que me trouxeram até aqui. Somos uma parcela da sociedade que se sente diferenciada pelas mudanças de hábitos e de limitações que a ostomia nos proporciona. Mas acontece que dentro de nós, nasce uma força nunca imaginada de sobrevivencia, uma força que transforma nossas limitações em superações, que alçança limites nunca buscados pois, desconheciamos a necessidade de transformar nossa vida em vida, vida sem medos e complexos. Então, em função de toda esta descoberta de novidades existenciais, começo uma busca por aqueles ostomizados que se escondem dentro da vida antes da ostomia. Muitos sucumbem por falta de conhecimentos, carinho e compreensão. Muitos se fecham para a sociedade, apesar que esta sociedade da valorização do corpo e da beleza ajudam muitos ostomizados a se recolherem envergonhados pelas mudanças ocorridas em seus corpos, aquelas cicatrizes enormes no abdomen, as hernias, a bolsa que se avoluma e deixa o abdomen diferente, mas, esquecem que o ostomizado pode tudo, tudo e um pouco mais, pois somos previlegiados e diferenciados. A ostomia encontra-se no abdomen e não no coração, no abdomen e não na alma, os sentimentos de um ostomizado são mais apurados e sensiveis, a capacidade de amar de um ostomizado é bem diferente , é mais profundo e mais amplo, foi nos dado o oitavo sentido, a vida em toda sua plenitude.
    Procuro os ostomizados do mundo todo, quero encontra-los e abraça-los, quero dizer que a vida nos ama .Preciso mostrar que o medo não pode superar a Esperança, que cada dia apresenta a beleza a ser admirada, quer pelo por do sol, pelo canto de um passaro, pela chuva que cai, pelo sorriso de uma criança ou pelo olhar apaixonado dos namorados. Ostomizados, se apresentem para a vida, a vida quer voce vivo.
    Mario Romero-07/04/2011

    OSTOMIZADOS... SE APRESENTEM PARA A VIDA

    Posted at  18:08:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    A ostomia nos leva de encontro a uma realidade que talvez seja a mais fabulosa maneira de encontrar a vida em toda sua plenitude. Digo isso com toda minha experiencia pois, ao passar pela estrada da segunda chance, pude visualizar todos os momentos que me trouxeram até aqui. Somos uma parcela da sociedade que se sente diferenciada pelas mudanças de hábitos e de limitações que a ostomia nos proporciona. Mas acontece que dentro de nós, nasce uma força nunca imaginada de sobrevivencia, uma força que transforma nossas limitações em superações, que alçança limites nunca buscados pois, desconheciamos a necessidade de transformar nossa vida em vida, vida sem medos e complexos. Então, em função de toda esta descoberta de novidades existenciais, começo uma busca por aqueles ostomizados que se escondem dentro da vida antes da ostomia. Muitos sucumbem por falta de conhecimentos, carinho e compreensão. Muitos se fecham para a sociedade, apesar que esta sociedade da valorização do corpo e da beleza ajudam muitos ostomizados a se recolherem envergonhados pelas mudanças ocorridas em seus corpos, aquelas cicatrizes enormes no abdomen, as hernias, a bolsa que se avoluma e deixa o abdomen diferente, mas, esquecem que o ostomizado pode tudo, tudo e um pouco mais, pois somos previlegiados e diferenciados. A ostomia encontra-se no abdomen e não no coração, no abdomen e não na alma, os sentimentos de um ostomizado são mais apurados e sensiveis, a capacidade de amar de um ostomizado é bem diferente , é mais profundo e mais amplo, foi nos dado o oitavo sentido, a vida em toda sua plenitude.
    Procuro os ostomizados do mundo todo, quero encontra-los e abraça-los, quero dizer que a vida nos ama .Preciso mostrar que o medo não pode superar a Esperança, que cada dia apresenta a beleza a ser admirada, quer pelo por do sol, pelo canto de um passaro, pela chuva que cai, pelo sorriso de uma criança ou pelo olhar apaixonado dos namorados. Ostomizados, se apresentem para a vida, a vida quer voce vivo.
    Mario Romero-07/04/2011

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    O Sr. Ariovaldo recebeu alta hospitalar nesta quinta feira dia 21 de Abril de 2011.

    ARIOVALDO CASTRO ALMEIDA-

    Posted at  10:56:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»


    O Sr. Ariovaldo recebeu alta hospitalar nesta quinta feira dia 21 de Abril de 2011.

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    quarta-feira, 6 de abril de 2011

    LUTANDO PELA VIDA E PELA SUA MELHOR QUALIDADE
    O surgimento de algum tipo de Câncer na vida de uma pessoa é muito traumático, dadas às conseqüências físicas e emocionais desse tipo de doença e as limitações da medicina nesse campo ainda muito desconhecido.

    Existem dois aspectos importantes para a compreensão da vida sexual por parte dos que sofrem de qualquer tipo de câncer.

    Um primeiro aspecto está na reação frente à descoberta dessa doença, muitas vezes mutilante. Geralmente a pessoa que se descobre portadora de Ca passa por estágios emocionais diversos, entre eles, negação, rebeldia e depressão.

    É nas fases de rebeldia e de depressão que a atividade sexual vai sofrer maior impacto. O paciente passa a se preocupar mais com a sua saúde, exames, medicações, intervenções cirúrgicas, quimio e radioterapia do que com sua vida sexual. O desejo diminui muito ou desaparece totalmente, prejudicando as demais fases do ciclo da resposta sexual, quais sejam, excitação (ereção no homem e lubrificação na mulher) e orgasmo.

    A atividade sexual, para a maioria das pessoas, não se desenvolve com preocupações na cabeça.
    No caso da pessoa com câncer, a sexualidade fica em segundo plano. A pessoa passa a se ver com menos estima, com tristeza e com um medo intenso de não mais corresponder às demandas sexuais do parceiro.
    Temores de ser visto como doente, vítima e passível de pena também afetam a auto-estima.
    Os relacionamentos acabam por se complicar, principalmente quando não há abertura na comunicação da dupla.

    O indivíduo sente-se só, pouco compreendido e com muitos constrangimentos em comentar ou perguntar algo sobre a sua vida sexual para o médico. Além disso, nem todos os profissionais lembram ou têm capacidade de lidar com esses aspectos de seus pacientes. Algumas medicações antidepressivas podem ser utilizadas com uma melhora no quadro depressivo e na vida sexual do paciente. Deve-se procurar ajuda com um Psiquiatra.

    Um segundo aspecto está na possibilidade de o Câncer atingir áreas genitais ou outras regiões que possam afetar de forma direta o desempenho da atividade sexual. Câncer nos genitais? pênis, vulva ou colo de útero? ou em regiões próximas são mais complexos no que tange às recomendações. Existem alguns riscos de infecções em áreas mais lesadas, ou mesmo maior probabilidade de dor. Nesses casos, o médico é a pessoa que pode e deve ser inquirida de forma direta. Especificamente:

    1. O Câncer de Mama traz muitas complicações na auto-imagem das mulheres, diminuindo muito o desejo de se expor ao parceiro. O implante de silicone tem ajudado muitas delas a recuperar a auto-estima.

    2. Pacientes que se submeteram a ostomização (pacientes com Ca de colo ou reto que precisam abrir um orifício no abdômen para eliminação de fezes em uma bolsinha plástica, não podendo mais evacuar pelo ânus) sofrem muito para reassumir a atividade sexual, já que a bolsa plástica passa a fazer parte constante de suas vidas.
    Tanto para os homens, quanto para as mulheres, é uma fonte constante de sentimentos de inferiorização e vergonha.
    Temem que a bolsa com fezes atrapalhe ou vaze durante o esforço da atividade sexual.
    No sexo com esse tipo de preocupação, não há como se envolver ou fantasiar:
    - o sexo não se torna satisfatório.
    A comunicação é essencial e o aconselhamento e reeducação sexual por um sexólogo é de grande utilidade.

    3. Em alguns homens, pode ocorrer a impotência sexual por lesão direta ou indireta ou por conflitos emocionais. Deve-se ter em mente que a sexualidade não existe apenas quando há coito propriamente dito (contato pênis-vagina).
    Faz parte de nossa sexualidade todo o envolvimento afetivo e todas as sensações subjetivas prazeirosas de todo o corpo.
    A parceira pode se satisfazer de várias formas que não com o pênis.
    Existem algumas medicações que podem ser usadas para provocar a ereção, mas o médico deve ser consultado antes.

    O Câncer afeta o casal em várias dimensões.
    A dupla deve procurar formas de adaptação que visem a intimidade e a cumplicidade.
    Com a estabilidade da doença, o desejo sexual retorna e passa a ser novamente importante. Recomenda-se que a pessoa seja o mais sincera possível com seu parceiro em relação a seus sentimentos e sensações.A dor deve ser identificada e questionada com o médico, tal como técnicas possíveis para se lidar com as dificuldades sexuais.
    Caso o médico oncologista não possa esclarecer as dúvidas, é aconselhável a busca de um terapeuta sexual, geralmente mais instrumentalizado para a orientação nesse aspecto da vida.

    NOTA:
    Esta matéria, trata-se de um documento retirado do site:
    Tuto Mania! maníacos por conhecimentos.

    SEXO E O CÂNCER

    Posted at  11:29:00  |  in  INFORMAÇÃO  |  Leia mais»

    LUTANDO PELA VIDA E PELA SUA MELHOR QUALIDADE
    O surgimento de algum tipo de Câncer na vida de uma pessoa é muito traumático, dadas às conseqüências físicas e emocionais desse tipo de doença e as limitações da medicina nesse campo ainda muito desconhecido.

    Existem dois aspectos importantes para a compreensão da vida sexual por parte dos que sofrem de qualquer tipo de câncer.

    Um primeiro aspecto está na reação frente à descoberta dessa doença, muitas vezes mutilante. Geralmente a pessoa que se descobre portadora de Ca passa por estágios emocionais diversos, entre eles, negação, rebeldia e depressão.

    É nas fases de rebeldia e de depressão que a atividade sexual vai sofrer maior impacto. O paciente passa a se preocupar mais com a sua saúde, exames, medicações, intervenções cirúrgicas, quimio e radioterapia do que com sua vida sexual. O desejo diminui muito ou desaparece totalmente, prejudicando as demais fases do ciclo da resposta sexual, quais sejam, excitação (ereção no homem e lubrificação na mulher) e orgasmo.

    A atividade sexual, para a maioria das pessoas, não se desenvolve com preocupações na cabeça.
    No caso da pessoa com câncer, a sexualidade fica em segundo plano. A pessoa passa a se ver com menos estima, com tristeza e com um medo intenso de não mais corresponder às demandas sexuais do parceiro.
    Temores de ser visto como doente, vítima e passível de pena também afetam a auto-estima.
    Os relacionamentos acabam por se complicar, principalmente quando não há abertura na comunicação da dupla.

    O indivíduo sente-se só, pouco compreendido e com muitos constrangimentos em comentar ou perguntar algo sobre a sua vida sexual para o médico. Além disso, nem todos os profissionais lembram ou têm capacidade de lidar com esses aspectos de seus pacientes. Algumas medicações antidepressivas podem ser utilizadas com uma melhora no quadro depressivo e na vida sexual do paciente. Deve-se procurar ajuda com um Psiquiatra.

    Um segundo aspecto está na possibilidade de o Câncer atingir áreas genitais ou outras regiões que possam afetar de forma direta o desempenho da atividade sexual. Câncer nos genitais? pênis, vulva ou colo de útero? ou em regiões próximas são mais complexos no que tange às recomendações. Existem alguns riscos de infecções em áreas mais lesadas, ou mesmo maior probabilidade de dor. Nesses casos, o médico é a pessoa que pode e deve ser inquirida de forma direta. Especificamente:

    1. O Câncer de Mama traz muitas complicações na auto-imagem das mulheres, diminuindo muito o desejo de se expor ao parceiro. O implante de silicone tem ajudado muitas delas a recuperar a auto-estima.

    2. Pacientes que se submeteram a ostomização (pacientes com Ca de colo ou reto que precisam abrir um orifício no abdômen para eliminação de fezes em uma bolsinha plástica, não podendo mais evacuar pelo ânus) sofrem muito para reassumir a atividade sexual, já que a bolsa plástica passa a fazer parte constante de suas vidas.
    Tanto para os homens, quanto para as mulheres, é uma fonte constante de sentimentos de inferiorização e vergonha.
    Temem que a bolsa com fezes atrapalhe ou vaze durante o esforço da atividade sexual.
    No sexo com esse tipo de preocupação, não há como se envolver ou fantasiar:
    - o sexo não se torna satisfatório.
    A comunicação é essencial e o aconselhamento e reeducação sexual por um sexólogo é de grande utilidade.

    3. Em alguns homens, pode ocorrer a impotência sexual por lesão direta ou indireta ou por conflitos emocionais. Deve-se ter em mente que a sexualidade não existe apenas quando há coito propriamente dito (contato pênis-vagina).
    Faz parte de nossa sexualidade todo o envolvimento afetivo e todas as sensações subjetivas prazeirosas de todo o corpo.
    A parceira pode se satisfazer de várias formas que não com o pênis.
    Existem algumas medicações que podem ser usadas para provocar a ereção, mas o médico deve ser consultado antes.

    O Câncer afeta o casal em várias dimensões.
    A dupla deve procurar formas de adaptação que visem a intimidade e a cumplicidade.
    Com a estabilidade da doença, o desejo sexual retorna e passa a ser novamente importante. Recomenda-se que a pessoa seja o mais sincera possível com seu parceiro em relação a seus sentimentos e sensações.A dor deve ser identificada e questionada com o médico, tal como técnicas possíveis para se lidar com as dificuldades sexuais.
    Caso o médico oncologista não possa esclarecer as dúvidas, é aconselhável a busca de um terapeuta sexual, geralmente mais instrumentalizado para a orientação nesse aspecto da vida.

    NOTA:
    Esta matéria, trata-se de um documento retirado do site:
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    domingo, 3 de abril de 2011

    Doença de Crohn
    O QUE É DOENÇA DE CROHN?
    doença de crohn em íleo terminal com estenose local
    Apesar do processo inflamatório poder ocorrer em qualquer porção intestinal, o segmento terminal do delgado (íleo) é preferencialmente afetado.
    A doença de Crohn pode manifestar-se em qualquer idade, mesmo em crianças. Entretanto é normal que os primeiros sintomas surjam no adulto jovem.
    Crianças com doença de Crohn devem ser tratadas de maneira resoluta e imediata. Se o distúrbio não for diagnosticado, a doença inflamatória não tratada pode desencadear desordens no crescimento, atraso na puberdade e baixo desempenho escolar.
    Em princípio, virtualmente todo o trato digestivo pode ser afetado no mal de Crohn, ocorrendo uma variação entre os segmentos intestinais inflamados. Muitas vezes, segmentos sadios intestinais encontram-se intercalados com os afetados.
    A inflamação ocorre em todos os compartimentos da parede intestinal: na mucosa, nos músculos longitudinais e transversais da parede e no tecido conjuntivo abaixo da mucosa intestinal. O processo inflamatório provoca alterações nestas estruturas, inclusive nas glândulas intestinais, de tal forma que o intestino vai gradualmente perdendo sua função digestiva.
    A absorção dos nutrientes supridos pela alimentação e as secreções intestinais necessárias ao processo digestivo passam a ser danificadas. A inflamação resulta em cicatrizes e um certo espessamento nos segmentos afetados do intestino. Isto torna a luz intestinal mais estreita e impede o transporte do bolo alimentar.
    QUAIS SÃO OS SINTOMAS QUE A DOENÇA DE CROHN APRESENTA?Em muitos casos a doença desenvolve-se e produz muitos sintomas que não são característicos. Dores estomacais inexplicáveis e diarréia são os primeiros sintomas descritos, entretanto, um súbito ataque com uma aguda e severa dor na "boca do estômago" é também possível. Além da dor, que lembra uma caimbra, diarréias ocorrem na maior parte das pessoas afetadas pela doença. Febre também ocorre irregularmente e os enfermos reclamam de perda de peso e de apetite.
    Sintomas inexplicáveis que frequentemente ocorrem no ataque da doença não indicam diretamente a doença de Crohn e podem passar até mesmo anos para que o médico encontre o diagnóstico correto. Evidência de inflmação crônica do intestino pode ser obtida em laboratório de patologia, através de biópsia e pela identificação de sinais de inflamação não específica. O ataque simultâneo de dor abdominal, diarréia e febre, com sintomas em articulações, inflamação na pele ou inflamação recorrente nos olhos também podem ser sinais de Crohn, assim como a presença de fístulas anais. O curso da doença é contínuo. A doença de Crohn é intermitente, sendo interrompida por intervalos mais ou menos longos de pouca ou nenhuma sintomatologia.
    QUAIS SÃO OS DISTÚRBIOS NÃO INTESTINAIS DE CROHN?
    Só recentemente descobriu-se que a doença de Crohn não afeta exclusivamente o intestino.Em uma alta percentagem de casos, outros órgão apresentam sintomatologia da doença. Muitas vezes esses sintomas podem não ser relatados ao médico; por esta razão os pacientes portadores da doença devem estar atentos a alterações em sua pele, articulações e olhos, para que o relato das mesmas alerte o médico sobre as possíveis conexões com a doença inflamatória intestinal.
    Alterações no pâncreas, órgão que secreta as enzimas digestivas, raramente podem ocorrer. Outros pacientes desnvolvem distúrbios do trato respiratório, no sistema nervoso e no aparelho renal. Algumas vezes diversos órgãos estão envolvidos na doença. Em muitos pacientes, poucos sintomas tornam-se predominantes, tornando mais difícil o correto diagnóstico da doença crônica inflamatória intestinal.
    Observações clínicas apoiaram o pressuposto de que os vários distúrbios apresentados têm uma causa comum, mas que esta causa é encontrada na doença intestinal, sendo, isso sim, um distúrbio do sistema imunológico.
    Os cientistas concordam que os achados secundários mais comuns em vários órgãos, podem ser o resultado do distúrbio envolvendo o sistema imunológico, o psiquê dos pacientes e o próprio tratamento medicamentoso.
    A ciência ainda não sabe qual a exata razão pela qual algumas pessoas desenvolvem o mal de Crohn. Entretanto, existe uma evidência crescente de que a predisposição genética, fatores ambientais e o sistema imunológico possam estar envolvidos.
    O aparelho digestivo possui uma superfície de contato muito grande, de aproximadamente 250m2. Esta área é importante para absorção dos alimentos e água ingeridos. Por causa deste contato com substâncias exógenas, o trato digestivo possui um grande número de células do sistema imunológico que, dentre outras funções, defendem nosso organismo da invasão de substâncias estranhas que acompanham os alimentos.
    A barreira imunológica mais importante no intestino, é representada por um tipo de imunoglobina, a lg A, que possui funções diferentes da lg G encontrada no sangue.
    Estudos científicos têm mostrado que na doença inflamatória intestinal ativa crônica, a proporção entre lg A e lg G, muda a favor dessa última, na parede intestinal. Enquanto a lg A normalmente mantém antígenos distante das paredes do intestino, a lg G não possui esta capacidade, permitindo a ligação de antígenos ao tecido intestinal, podendo contribuir para a inflamação intestinal.
    Além disso, a lg G, combinada com antígenos e anticorpos, forma "complexos imunes" que podem ser transportados a outros órgão do corpo causando processos inflamatório distantes do intestino.
    DEBILITAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
    Alterações circulatórias e pequenas oclusões vasculares no sistema nervoso são extremamente no mal de Crohn. Os efeito da perda de grande volume de líquidos e eletrólitos ocasionada pela diarréia podem afetar o fluxo sangüíneo.
    Também é possível que o sistema nervoso dos pacientes possa ser afetado pela carência de vitamina B, pelo fato de sua absorção intestinal ser insuficiente durante o ataque da doença inflamatória.
    Em casos de pacientes que foram submetidos a cirurgia para a remoção de parte do intestino, a absorção de outras vitaminas como A, E, D e K também pode ser afetada.
    Polineuropatia tem sido observada em pacientes com Crohn. Ela reduz a sensibilidade da região nervosa afetada, podendo causar dor e atividade reflexa reduzida.
    Caso um tratamento a longo prazo com metronidazol (antibiótico) seja necessário por causa da intensidade do Crohn, distúrbios nervoso podem ocorrer. Este farmaco liga-se a vitamina B e, deste modo, polineuropatias podem ocorrer, com dores nas mãos e pés com perda de reflexos musculares. Estes sintomas normalmente são reduzidos com a descontinuidade do metronidazol.
    DESORDENS ARTICULARES
    Reumatismo e doença de Crohn podem ter efeito recíproco: a inflamação reumática nas articulações pode acompanhar a doença; por outro lado, a administração anti-reumática pode exacerbar a doença de Crohn.
    Nestes casos, a cooperação entre médicos de diferentes especialidades é requerida.
    Um distúrbio do sistema imunológico tem sido correlacionado como causa desta inflamação reumática.
    De acordo com os últimos estudos, a permeabilidade intestinal a compostos antigênicos está aumentada na doença de Crohn, e estes complexos imunológicos causam dor nas grandes articulações dos braços e das pernas, assim como da parte baixa da coluna vertebral, e isto ocorre em 25% dos pacientes. Essas inflamações são descritas como artite. Os tendões e cartilagens também podem estar envolvidos neste processo doloroso.
    A conexão estreita entre intestino e inflamação das articulações torna-se clara durante o tratamento. Uma melhora nos sintomas reumáticos freqüentemente ocorre em conexão com o sucesso do tratamento e melhoria da atividade inflamatória intestinal.
    DISTÚRBIOS NOS OLHOS
    Inflamações no olhos ocorrem em um grande número de pacientes portadores da doença de Crohn.
    As mais comuns são conjuntivite, inflamação parcial ou completa da esclerótica (parte branca globo ocular), inflamação da Íris, inflamação da membrana intermediária do globo ocular e inflamação da retina.
    A inflamação da esclerótica ou da Íris é comumente associada a doença de Crohn e pode ocorrer acompanhando ou não um ataque agudo da doença.
    O tratamentos dos distúrbios oculares inclui colírios a base de cortizona e o tratamento efetivo da doença inflamatória intestinal.
    Os distúrbios oculares, na doença de Crohn, muito provavelmente são causados por uma reação tipo antígeno – anticorpo.
    Ë importante, tanto para o paciente quanto para o médico, considerar a possibilidade do envolvimento ocular na doença de Crohn, assim os primeiros sintomas surjam, o paciente já receba imediatamente o tratamento oftálmico necessário.

    Mudanças na pele e na mucosa ocorrem em ao redor de 40% dos pacientes com Crohn. Lesões avermelhadas dolorosas, que em muitos casos são observadas antes das manifestações intestinais da doença, podem ser importantes indicações do mal de Crohn; estas podem parecer na mucosa bucal ou na região anal.
    Os dermatologistas chamam estas alterações de inflamações granulomatosas em função de características das células do sistema imunológico presentes nesses locais.
    Elas são particularmente comuns ao redor de fístulas e em locais onde ocorra fricção cutânea, como mamas e virilha. Sem conexão direta com o trato intestinal, as reações granulomatosas também podem ocorrer nos lábios e na bochecha, com dores muito fortes nas bordas da língua.
    Muitas das alterações epidérmicas parecem estar associadas com a perda ou a reduzida absorção de vitaminas e de oligoelementos, que ocorrem em função da diarréia, que causa perda de sangue e fluidos. Por exemplo, a inflamação da língua (glossite),pode ser resultante de um quadro anêmico.
    Transtornos semelhantes ao eczema na região bucal são atribuídos à carência de zinco, que é um importante oligoelemento para a defesa endógena A deficiência do zinco também ocasiona atraso no processo de cura. Quando a função de defesa da pele é danificada pode ocorrer uma invasão por fungos (monília).

    Em casos muitos raros, tanto o fígado quanto a vesícula podem ser envolvidos na doença. Este envolvimento é evidenciado em laboratório pelo nível elevado de enzimas hepáticas no sangue.
    Proliferações celulares nodulares conhecidas como granulomas também podem se desenvolver no tecido hepático, do mesmo modo como são evidenciadas na mucosa intestinal.
    Em casos muito raros, os anticorpos presentes no Crohn podem também reagir com a superfície dos ductos biliares. Isto causa uma inflamação não especifica dos ductos(colangite), causando constrição como resultado da inflamação. Neste caso, a bile retida pode produzir pedras na vesícula, e em decorrência, o sintoma de cólica da vesícula biliar pode surgir.
    Problemas com o pâncreas são raros mas também podem ocorrer na doença de Crohn. Alguns fármacos utilizados para tratar a doença de Crohn (sulfasalazina, mesalazina)podem desencadear uma inflamação pancreática(pancreatite).
    Alem disso, a pancreatite aguda pode ser produzida pela própria inflamação intestinal.
    O motivo disso é que a doença de Crohn pode provocar mudanças no duodeno; com o pâncreas produz importantes enzimas digestivas, que são secretadas para o duodeno através de um ducto muito pequeno, se este ducto estiver inflamado ou bloqueado, as secreções digestivas poderão congestionar o pâncreas.
    As alterações nas enzimas digestivas são observadas em alguns pacientes com Crohn e são atribuídas a distúrbios digestivos do intestino inflamado ou mesmo aos efeitos no sistema imunológico.
    DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS NA DOENÇA DE CROHN.
    Somente nos anos recente os pesquisadores tem estabelecido uma ligação entre alterações nervosas e respostas psicológicas.
    Certos nervos do sistema vegetativo (que controlam funções independentes de nossa vontade e essenciais para a vida) tem efeito inibitório ou estimulador no sistema imunológico. Pesquisadores notaram que as células nervosas do cérebro não somente regulam o sistema imunológico mas, informações originadas do sistema imunológico alcançam os nervos e o cérebro
    Um eixo importante de formação e regulação hormonal vai do cérebro às glândulas drenais. Corticoides, insulina, hormônios do crescimento e hormônios sexuais são regulados e estimulados da mesma forma.
    A reação do tipo antígeno-anticorpo é também influenciada por um sistema parecido com este, e estimula o sistema imunológico a aumentar a produção de glicocorticoides. Ocorre então uma contra reação endógena à imunização. As citokinas, que são importantes na trasmissão da informação entre as células inflamatórias (linfócitos e monócitos),são também envolvidas neste processo. A extensão e duração da reação imune é também regulada via controle da resposta imune endógena.
    Esses mecanismos são de difícil entendimento para o paciente, e para sua compreensão e ele deve solicitar o auxilio de seu medico.
    De qualquer forma, um objetivo de grande interesse cientifico, são as respostas do sistema imunológico humano ao stress psicológico. Os estudos nestes campos voltam-se para as pessoas que sofrem de depressão, com a perda de seus padrões de vida ou que tenham sido expostas a outros tipos severos de stress psicológico.
    A ligação entre o cérebro e o processo imunológico envolve uma rede muito complexa de fatores bioquímicos, neurohormonais e componentes imunológicos, os quais afetam tanto o sentido de emotividade quanto o sistema imunológico do paciente com Crohn.
    Por isso, em muitos casos, o ataque da doença inflamatória é exacerbada pelo stress psicológico, e, muitas vezes, o tratamento do problema psicológico permite uma melhora na sintomatologia da inflamação intestinal. Discussões psicoterapêuticas, relaxamento, psicoterapia individual ou grupal, e treinamento podem melhorar os sintomas físicos e as condições gerais dos pacientes.
    CONVIVENDO COM A DOENÇA DE CROHN
    As doenças inflamatórias intestinais crônicas, que incluem a doença de Crohn e a colite ulcerativa, são entidades clínicas cujas causas não foram ainda conclusivamente identificadas. Por esta razão, medicamentos que tratem a causa ainda não estão disponíveis. Aliança terapêutica entre médico e paciente é caracterizada pela experiência subjetiva da doença que o paciente possui e o conhecimento e a experiência do médico que o trata. Não é infrequente a diferença entre os objetivos do tratamento para o médico e a sensação subjetiva do paciente. Todos os pacientes atravessam longos períodos nos quais a doença é melhor aceita, tolerada, e controlada, assim como outros períodos estressantes, nos quais, muitas vezes eles crêem perder a capacidade para lutar contra a enfermidade. Até que melhores métodos de tratamento estejam disponíveis, o tratamento médico limita-se à melhoria da sintomatologia e da qualidade de vida dos pacientes. Uma dieta adequada, um grande número de diferentes fármacos, assim como o tratamento psicológico e cirúrgico, fazem parte de um amplo espectro de métodos disponíveis para os médicos.
    Entretanto, quaisquer que sejam os caminhos preconizados pelo médico, desde os métodos mais conservadores até mesmo uma necessidade cirúrgica, é essencial que eles sejam decidido sem uma franca cooperação médico-paciente.
    A formação de grupos de auto-ajuda é particularmente importante. Ë onde os pacientes encontrarão outras pessoas com o mesmo tipo de problema, trocarão experiência, aconselhar-se-ão em relação ao comportamento, dieta e muito mais.
    O médico, a família e o grupo de auto-ajuda são parte de um círculo social fechado dos pacientes com Crohn. Discussões intensas sobre a compreensão da doença, assim como as estratégias de tratamento, tornam mais fácil ao paciente conviver com a doença e sua compreensão pelo seu círculo social.
    DOENÇA DE CROHN E A GRAVIDEZ
    A doença de Crohn pode ocorrer em qualquer idade e, inclusive, pode-se manifestar em mulheres na idade fértil. Receios de que esse distúrbio possa afetar o transcurso da gravidez são infundados. Observações de muitos anos têm demonstrado que pacientes portadoras de Crohn durante a gravidez, apresentam melhora nos seus sintomas que parece estar correlacionada ao status hormonal da mulher.
    Em muitos casos, tem sido possível a redução de medidas para tratar a inflamação durante a gravidez. Mesmo se a inflamação se tornar ativa nesse período, existem fármacos relativamente seguros para o tratamento, como a mesalazina ou os corticóides. A probabilidade de parto normal e filhos sadios é idêntica entre pessoas portadoras ou não do mal de Crohn.
    A colaboração estreita entre o ginecologista e o médico que trata do processo inflamatório é extremamente importante para a detecção precoce e tratamento de qualquer alteração.

    Não existe um padrão dietético para pacientes com Crohn, mas alguns parâmetros nutricionais podem auxiliar os pacientes a evitar erros na dieta. Doces e frutas em compota com alto grau de açúcar exacerbam a atividade da doença em muitas pessoas. Pão branco, pão de forma e comidas altamente condimentadas não fazem parte da dieta para pacientes com doença de Crohn e deveriam ser substituídos por alimentos com alta quantidade de fibras. Importantes fontes de fibra podem ser encontradas em pão integral e em muitos tipos vegetais. As fibras vegetais auxiliam as funções intestinais.
    Entretanto, nos casos de constricção intestinal ( redução da luz intestinal ou estenose ); uma dieta pobre em fibras deve ser seguida.
    Tanto médico como paciente precisam estar atentos à possibilidade de má nutrição, que pode ocorrer no ataque inflamatório ou mesmo no curso crônico da doença.
    Uma deficiência protêica pode ocorrer:
    • Na presença de dieta desbalanceada ou quando o paciente se recusa a se alimentar por causa do medo da dor.
    • Segmentos inflamados do intestino falham na absorção adequada de nutrientes.
    • Secreções inflamatórias com alta quantidade protéica são excretadas através do intestino.
    • Aumento da excreção protéica por envolvimento renal.
    Uma deficiência de ferro ocorre como resultado de perda sangüínea severa. Entretanto, mesmo na fase crônica da doença pode ocorrer distúrbio na utilização do ferro. Ele é um elemento muito importante na formação do sangue e no transporte de oxigênio. Por essa razão a dosagem regular e anual de ferro no sangue é necessário.
    Por causa da perda de fluídos propiciada pela diarréia, distúrbios do metabolismo de água eletrólitos podem ocorrer. Estas perdas devem ser repostas pela dieta e por líquidos contendo eletrólitos.
    Outros oligoelementos, como magnésio, cobre, selênio e zinco, tem um papel importante na função de vários órgãos.
    Perdas dessas substâncias podem ser detectadas em "chek – up" de rotina e devem ser acompanhadas por medicamentos.
    TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA DOENÇA DE CROHN
    Farmacos anti-inflamatórios devem ser administrados aos primeiros sinais de ativação da doença inflamatória intestinal e mesmo na fase de remição ( quando se torna crônica com redução dos sintomas ) da doença.
    CORTISONA
    Corticosteroides ( prednisolona e metilprednisolona ) são um dos farmacos mais importantes no ataque da doença de Crohn; sua ação á mais eficaz quando a porção envolvida é o intestino delgado. Uma vez reduzida a atividade da doença, os corticoides devem ser gradualmente interrompidos.
    SULFASALAZINA
    Essa substância tem uma ação antiinflamatória exclusiva no intestino grosso, quando a sua molécula é quebrada pela bactérias presentes na flora intestinal em mesalazina e sulfapiridina, sendo que somente a mesalazina possui ação antiinflamatória local.
    MESALAZINA
    A mesalazina foi desenvolvida por causa dos efeitos colaterais que ocorrem com a sulfasalazina, os quais são largamente atribuídos à fração sulfonamida da substância. Muitos anos de estudo tem mostrado que a atividade antiinflamatória da mesalazina é comparável, ao nível do intestino grosso, à sulfasalazina, mas com muitos menos efeitos colaterais.
    Formulações mais recentes da mesalazina tem permitido a ação antiinflamatória desde o duodeno até o reto, sendo que esta não é afetada pela presença da diarréia. A mesalazina é disponível sob a forma de comprimidos, supositórios e enema.
    OUTROS fármacos também estão disponíveis para o tratamento da doença de Crohn, como o metronidazol , azatioprina , mercapitorina e ciclosporina. São farmacos que devem ser utilizados por curtos espaço de tempo e na agudização severa da enfermidade.
    Finalmente, o objetivo de todo o tratamento da doença de Crohn é debelar o processo inflamatório tão eficazmente quando possível. O tratamento médico, a dieta apropriada, o acompanhamento psicológico estendem a fase de remissão da doença ao máximo possível, tornando os episódios de ataque agudos raros. Os pacientes tornam-se assintomáticos e podem continuar sua vida normal, obtendo uma alta qualidade de vida.

    DIETA NA DOENÇA DE CROHN

    O FIGADO, A VESÍCULA BILIAR E O PANCRÊAS NA DOENÇA DE CROHN.

    ALTERAÇÕES DA PELE NA DOENÇA DE CROHN
    A doença de Crohn foi descrita pela primeira vez em 1932 pelo Dr. Burril B. Crohn, da cidade de Nova York, como uma inflamação no intestino delgado, que é crônica e deixa cicatrizes na parede intestinal.
    O PAPEL DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

    O QUE É DOENÇA DE CROHN ?

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    Doença de Crohn
    O QUE É DOENÇA DE CROHN?
    doença de crohn em íleo terminal com estenose local
    Apesar do processo inflamatório poder ocorrer em qualquer porção intestinal, o segmento terminal do delgado (íleo) é preferencialmente afetado.
    A doença de Crohn pode manifestar-se em qualquer idade, mesmo em crianças. Entretanto é normal que os primeiros sintomas surjam no adulto jovem.
    Crianças com doença de Crohn devem ser tratadas de maneira resoluta e imediata. Se o distúrbio não for diagnosticado, a doença inflamatória não tratada pode desencadear desordens no crescimento, atraso na puberdade e baixo desempenho escolar.
    Em princípio, virtualmente todo o trato digestivo pode ser afetado no mal de Crohn, ocorrendo uma variação entre os segmentos intestinais inflamados. Muitas vezes, segmentos sadios intestinais encontram-se intercalados com os afetados.
    A inflamação ocorre em todos os compartimentos da parede intestinal: na mucosa, nos músculos longitudinais e transversais da parede e no tecido conjuntivo abaixo da mucosa intestinal. O processo inflamatório provoca alterações nestas estruturas, inclusive nas glândulas intestinais, de tal forma que o intestino vai gradualmente perdendo sua função digestiva.
    A absorção dos nutrientes supridos pela alimentação e as secreções intestinais necessárias ao processo digestivo passam a ser danificadas. A inflamação resulta em cicatrizes e um certo espessamento nos segmentos afetados do intestino. Isto torna a luz intestinal mais estreita e impede o transporte do bolo alimentar.
    QUAIS SÃO OS SINTOMAS QUE A DOENÇA DE CROHN APRESENTA?Em muitos casos a doença desenvolve-se e produz muitos sintomas que não são característicos. Dores estomacais inexplicáveis e diarréia são os primeiros sintomas descritos, entretanto, um súbito ataque com uma aguda e severa dor na "boca do estômago" é também possível. Além da dor, que lembra uma caimbra, diarréias ocorrem na maior parte das pessoas afetadas pela doença. Febre também ocorre irregularmente e os enfermos reclamam de perda de peso e de apetite.
    Sintomas inexplicáveis que frequentemente ocorrem no ataque da doença não indicam diretamente a doença de Crohn e podem passar até mesmo anos para que o médico encontre o diagnóstico correto. Evidência de inflmação crônica do intestino pode ser obtida em laboratório de patologia, através de biópsia e pela identificação de sinais de inflamação não específica. O ataque simultâneo de dor abdominal, diarréia e febre, com sintomas em articulações, inflamação na pele ou inflamação recorrente nos olhos também podem ser sinais de Crohn, assim como a presença de fístulas anais. O curso da doença é contínuo. A doença de Crohn é intermitente, sendo interrompida por intervalos mais ou menos longos de pouca ou nenhuma sintomatologia.
    QUAIS SÃO OS DISTÚRBIOS NÃO INTESTINAIS DE CROHN?
    Só recentemente descobriu-se que a doença de Crohn não afeta exclusivamente o intestino.Em uma alta percentagem de casos, outros órgão apresentam sintomatologia da doença. Muitas vezes esses sintomas podem não ser relatados ao médico; por esta razão os pacientes portadores da doença devem estar atentos a alterações em sua pele, articulações e olhos, para que o relato das mesmas alerte o médico sobre as possíveis conexões com a doença inflamatória intestinal.
    Alterações no pâncreas, órgão que secreta as enzimas digestivas, raramente podem ocorrer. Outros pacientes desnvolvem distúrbios do trato respiratório, no sistema nervoso e no aparelho renal. Algumas vezes diversos órgãos estão envolvidos na doença. Em muitos pacientes, poucos sintomas tornam-se predominantes, tornando mais difícil o correto diagnóstico da doença crônica inflamatória intestinal.
    Observações clínicas apoiaram o pressuposto de que os vários distúrbios apresentados têm uma causa comum, mas que esta causa é encontrada na doença intestinal, sendo, isso sim, um distúrbio do sistema imunológico.
    Os cientistas concordam que os achados secundários mais comuns em vários órgãos, podem ser o resultado do distúrbio envolvendo o sistema imunológico, o psiquê dos pacientes e o próprio tratamento medicamentoso.
    A ciência ainda não sabe qual a exata razão pela qual algumas pessoas desenvolvem o mal de Crohn. Entretanto, existe uma evidência crescente de que a predisposição genética, fatores ambientais e o sistema imunológico possam estar envolvidos.
    O aparelho digestivo possui uma superfície de contato muito grande, de aproximadamente 250m2. Esta área é importante para absorção dos alimentos e água ingeridos. Por causa deste contato com substâncias exógenas, o trato digestivo possui um grande número de células do sistema imunológico que, dentre outras funções, defendem nosso organismo da invasão de substâncias estranhas que acompanham os alimentos.
    A barreira imunológica mais importante no intestino, é representada por um tipo de imunoglobina, a lg A, que possui funções diferentes da lg G encontrada no sangue.
    Estudos científicos têm mostrado que na doença inflamatória intestinal ativa crônica, a proporção entre lg A e lg G, muda a favor dessa última, na parede intestinal. Enquanto a lg A normalmente mantém antígenos distante das paredes do intestino, a lg G não possui esta capacidade, permitindo a ligação de antígenos ao tecido intestinal, podendo contribuir para a inflamação intestinal.
    Além disso, a lg G, combinada com antígenos e anticorpos, forma "complexos imunes" que podem ser transportados a outros órgão do corpo causando processos inflamatório distantes do intestino.
    DEBILITAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
    Alterações circulatórias e pequenas oclusões vasculares no sistema nervoso são extremamente no mal de Crohn. Os efeito da perda de grande volume de líquidos e eletrólitos ocasionada pela diarréia podem afetar o fluxo sangüíneo.
    Também é possível que o sistema nervoso dos pacientes possa ser afetado pela carência de vitamina B, pelo fato de sua absorção intestinal ser insuficiente durante o ataque da doença inflamatória.
    Em casos de pacientes que foram submetidos a cirurgia para a remoção de parte do intestino, a absorção de outras vitaminas como A, E, D e K também pode ser afetada.
    Polineuropatia tem sido observada em pacientes com Crohn. Ela reduz a sensibilidade da região nervosa afetada, podendo causar dor e atividade reflexa reduzida.
    Caso um tratamento a longo prazo com metronidazol (antibiótico) seja necessário por causa da intensidade do Crohn, distúrbios nervoso podem ocorrer. Este farmaco liga-se a vitamina B e, deste modo, polineuropatias podem ocorrer, com dores nas mãos e pés com perda de reflexos musculares. Estes sintomas normalmente são reduzidos com a descontinuidade do metronidazol.
    DESORDENS ARTICULARES
    Reumatismo e doença de Crohn podem ter efeito recíproco: a inflamação reumática nas articulações pode acompanhar a doença; por outro lado, a administração anti-reumática pode exacerbar a doença de Crohn.
    Nestes casos, a cooperação entre médicos de diferentes especialidades é requerida.
    Um distúrbio do sistema imunológico tem sido correlacionado como causa desta inflamação reumática.
    De acordo com os últimos estudos, a permeabilidade intestinal a compostos antigênicos está aumentada na doença de Crohn, e estes complexos imunológicos causam dor nas grandes articulações dos braços e das pernas, assim como da parte baixa da coluna vertebral, e isto ocorre em 25% dos pacientes. Essas inflamações são descritas como artite. Os tendões e cartilagens também podem estar envolvidos neste processo doloroso.
    A conexão estreita entre intestino e inflamação das articulações torna-se clara durante o tratamento. Uma melhora nos sintomas reumáticos freqüentemente ocorre em conexão com o sucesso do tratamento e melhoria da atividade inflamatória intestinal.
    DISTÚRBIOS NOS OLHOS
    Inflamações no olhos ocorrem em um grande número de pacientes portadores da doença de Crohn.
    As mais comuns são conjuntivite, inflamação parcial ou completa da esclerótica (parte branca globo ocular), inflamação da Íris, inflamação da membrana intermediária do globo ocular e inflamação da retina.
    A inflamação da esclerótica ou da Íris é comumente associada a doença de Crohn e pode ocorrer acompanhando ou não um ataque agudo da doença.
    O tratamentos dos distúrbios oculares inclui colírios a base de cortizona e o tratamento efetivo da doença inflamatória intestinal.
    Os distúrbios oculares, na doença de Crohn, muito provavelmente são causados por uma reação tipo antígeno – anticorpo.
    Ë importante, tanto para o paciente quanto para o médico, considerar a possibilidade do envolvimento ocular na doença de Crohn, assim os primeiros sintomas surjam, o paciente já receba imediatamente o tratamento oftálmico necessário.

    Mudanças na pele e na mucosa ocorrem em ao redor de 40% dos pacientes com Crohn. Lesões avermelhadas dolorosas, que em muitos casos são observadas antes das manifestações intestinais da doença, podem ser importantes indicações do mal de Crohn; estas podem parecer na mucosa bucal ou na região anal.
    Os dermatologistas chamam estas alterações de inflamações granulomatosas em função de características das células do sistema imunológico presentes nesses locais.
    Elas são particularmente comuns ao redor de fístulas e em locais onde ocorra fricção cutânea, como mamas e virilha. Sem conexão direta com o trato intestinal, as reações granulomatosas também podem ocorrer nos lábios e na bochecha, com dores muito fortes nas bordas da língua.
    Muitas das alterações epidérmicas parecem estar associadas com a perda ou a reduzida absorção de vitaminas e de oligoelementos, que ocorrem em função da diarréia, que causa perda de sangue e fluidos. Por exemplo, a inflamação da língua (glossite),pode ser resultante de um quadro anêmico.
    Transtornos semelhantes ao eczema na região bucal são atribuídos à carência de zinco, que é um importante oligoelemento para a defesa endógena A deficiência do zinco também ocasiona atraso no processo de cura. Quando a função de defesa da pele é danificada pode ocorrer uma invasão por fungos (monília).

    Em casos muitos raros, tanto o fígado quanto a vesícula podem ser envolvidos na doença. Este envolvimento é evidenciado em laboratório pelo nível elevado de enzimas hepáticas no sangue.
    Proliferações celulares nodulares conhecidas como granulomas também podem se desenvolver no tecido hepático, do mesmo modo como são evidenciadas na mucosa intestinal.
    Em casos muito raros, os anticorpos presentes no Crohn podem também reagir com a superfície dos ductos biliares. Isto causa uma inflamação não especifica dos ductos(colangite), causando constrição como resultado da inflamação. Neste caso, a bile retida pode produzir pedras na vesícula, e em decorrência, o sintoma de cólica da vesícula biliar pode surgir.
    Problemas com o pâncreas são raros mas também podem ocorrer na doença de Crohn. Alguns fármacos utilizados para tratar a doença de Crohn (sulfasalazina, mesalazina)podem desencadear uma inflamação pancreática(pancreatite).
    Alem disso, a pancreatite aguda pode ser produzida pela própria inflamação intestinal.
    O motivo disso é que a doença de Crohn pode provocar mudanças no duodeno; com o pâncreas produz importantes enzimas digestivas, que são secretadas para o duodeno através de um ducto muito pequeno, se este ducto estiver inflamado ou bloqueado, as secreções digestivas poderão congestionar o pâncreas.
    As alterações nas enzimas digestivas são observadas em alguns pacientes com Crohn e são atribuídas a distúrbios digestivos do intestino inflamado ou mesmo aos efeitos no sistema imunológico.
    DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS NA DOENÇA DE CROHN.
    Somente nos anos recente os pesquisadores tem estabelecido uma ligação entre alterações nervosas e respostas psicológicas.
    Certos nervos do sistema vegetativo (que controlam funções independentes de nossa vontade e essenciais para a vida) tem efeito inibitório ou estimulador no sistema imunológico. Pesquisadores notaram que as células nervosas do cérebro não somente regulam o sistema imunológico mas, informações originadas do sistema imunológico alcançam os nervos e o cérebro
    Um eixo importante de formação e regulação hormonal vai do cérebro às glândulas drenais. Corticoides, insulina, hormônios do crescimento e hormônios sexuais são regulados e estimulados da mesma forma.
    A reação do tipo antígeno-anticorpo é também influenciada por um sistema parecido com este, e estimula o sistema imunológico a aumentar a produção de glicocorticoides. Ocorre então uma contra reação endógena à imunização. As citokinas, que são importantes na trasmissão da informação entre as células inflamatórias (linfócitos e monócitos),são também envolvidas neste processo. A extensão e duração da reação imune é também regulada via controle da resposta imune endógena.
    Esses mecanismos são de difícil entendimento para o paciente, e para sua compreensão e ele deve solicitar o auxilio de seu medico.
    De qualquer forma, um objetivo de grande interesse cientifico, são as respostas do sistema imunológico humano ao stress psicológico. Os estudos nestes campos voltam-se para as pessoas que sofrem de depressão, com a perda de seus padrões de vida ou que tenham sido expostas a outros tipos severos de stress psicológico.
    A ligação entre o cérebro e o processo imunológico envolve uma rede muito complexa de fatores bioquímicos, neurohormonais e componentes imunológicos, os quais afetam tanto o sentido de emotividade quanto o sistema imunológico do paciente com Crohn.
    Por isso, em muitos casos, o ataque da doença inflamatória é exacerbada pelo stress psicológico, e, muitas vezes, o tratamento do problema psicológico permite uma melhora na sintomatologia da inflamação intestinal. Discussões psicoterapêuticas, relaxamento, psicoterapia individual ou grupal, e treinamento podem melhorar os sintomas físicos e as condições gerais dos pacientes.
    CONVIVENDO COM A DOENÇA DE CROHN
    As doenças inflamatórias intestinais crônicas, que incluem a doença de Crohn e a colite ulcerativa, são entidades clínicas cujas causas não foram ainda conclusivamente identificadas. Por esta razão, medicamentos que tratem a causa ainda não estão disponíveis. Aliança terapêutica entre médico e paciente é caracterizada pela experiência subjetiva da doença que o paciente possui e o conhecimento e a experiência do médico que o trata. Não é infrequente a diferença entre os objetivos do tratamento para o médico e a sensação subjetiva do paciente. Todos os pacientes atravessam longos períodos nos quais a doença é melhor aceita, tolerada, e controlada, assim como outros períodos estressantes, nos quais, muitas vezes eles crêem perder a capacidade para lutar contra a enfermidade. Até que melhores métodos de tratamento estejam disponíveis, o tratamento médico limita-se à melhoria da sintomatologia e da qualidade de vida dos pacientes. Uma dieta adequada, um grande número de diferentes fármacos, assim como o tratamento psicológico e cirúrgico, fazem parte de um amplo espectro de métodos disponíveis para os médicos.
    Entretanto, quaisquer que sejam os caminhos preconizados pelo médico, desde os métodos mais conservadores até mesmo uma necessidade cirúrgica, é essencial que eles sejam decidido sem uma franca cooperação médico-paciente.
    A formação de grupos de auto-ajuda é particularmente importante. Ë onde os pacientes encontrarão outras pessoas com o mesmo tipo de problema, trocarão experiência, aconselhar-se-ão em relação ao comportamento, dieta e muito mais.
    O médico, a família e o grupo de auto-ajuda são parte de um círculo social fechado dos pacientes com Crohn. Discussões intensas sobre a compreensão da doença, assim como as estratégias de tratamento, tornam mais fácil ao paciente conviver com a doença e sua compreensão pelo seu círculo social.
    DOENÇA DE CROHN E A GRAVIDEZ
    A doença de Crohn pode ocorrer em qualquer idade e, inclusive, pode-se manifestar em mulheres na idade fértil. Receios de que esse distúrbio possa afetar o transcurso da gravidez são infundados. Observações de muitos anos têm demonstrado que pacientes portadoras de Crohn durante a gravidez, apresentam melhora nos seus sintomas que parece estar correlacionada ao status hormonal da mulher.
    Em muitos casos, tem sido possível a redução de medidas para tratar a inflamação durante a gravidez. Mesmo se a inflamação se tornar ativa nesse período, existem fármacos relativamente seguros para o tratamento, como a mesalazina ou os corticóides. A probabilidade de parto normal e filhos sadios é idêntica entre pessoas portadoras ou não do mal de Crohn.
    A colaboração estreita entre o ginecologista e o médico que trata do processo inflamatório é extremamente importante para a detecção precoce e tratamento de qualquer alteração.

    Não existe um padrão dietético para pacientes com Crohn, mas alguns parâmetros nutricionais podem auxiliar os pacientes a evitar erros na dieta. Doces e frutas em compota com alto grau de açúcar exacerbam a atividade da doença em muitas pessoas. Pão branco, pão de forma e comidas altamente condimentadas não fazem parte da dieta para pacientes com doença de Crohn e deveriam ser substituídos por alimentos com alta quantidade de fibras. Importantes fontes de fibra podem ser encontradas em pão integral e em muitos tipos vegetais. As fibras vegetais auxiliam as funções intestinais.
    Entretanto, nos casos de constricção intestinal ( redução da luz intestinal ou estenose ); uma dieta pobre em fibras deve ser seguida.
    Tanto médico como paciente precisam estar atentos à possibilidade de má nutrição, que pode ocorrer no ataque inflamatório ou mesmo no curso crônico da doença.
    Uma deficiência protêica pode ocorrer:
    • Na presença de dieta desbalanceada ou quando o paciente se recusa a se alimentar por causa do medo da dor.
    • Segmentos inflamados do intestino falham na absorção adequada de nutrientes.
    • Secreções inflamatórias com alta quantidade protéica são excretadas através do intestino.
    • Aumento da excreção protéica por envolvimento renal.
    Uma deficiência de ferro ocorre como resultado de perda sangüínea severa. Entretanto, mesmo na fase crônica da doença pode ocorrer distúrbio na utilização do ferro. Ele é um elemento muito importante na formação do sangue e no transporte de oxigênio. Por essa razão a dosagem regular e anual de ferro no sangue é necessário.
    Por causa da perda de fluídos propiciada pela diarréia, distúrbios do metabolismo de água eletrólitos podem ocorrer. Estas perdas devem ser repostas pela dieta e por líquidos contendo eletrólitos.
    Outros oligoelementos, como magnésio, cobre, selênio e zinco, tem um papel importante na função de vários órgãos.
    Perdas dessas substâncias podem ser detectadas em "chek – up" de rotina e devem ser acompanhadas por medicamentos.
    TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NA DOENÇA DE CROHN
    Farmacos anti-inflamatórios devem ser administrados aos primeiros sinais de ativação da doença inflamatória intestinal e mesmo na fase de remição ( quando se torna crônica com redução dos sintomas ) da doença.
    CORTISONA
    Corticosteroides ( prednisolona e metilprednisolona ) são um dos farmacos mais importantes no ataque da doença de Crohn; sua ação á mais eficaz quando a porção envolvida é o intestino delgado. Uma vez reduzida a atividade da doença, os corticoides devem ser gradualmente interrompidos.
    SULFASALAZINA
    Essa substância tem uma ação antiinflamatória exclusiva no intestino grosso, quando a sua molécula é quebrada pela bactérias presentes na flora intestinal em mesalazina e sulfapiridina, sendo que somente a mesalazina possui ação antiinflamatória local.
    MESALAZINA
    A mesalazina foi desenvolvida por causa dos efeitos colaterais que ocorrem com a sulfasalazina, os quais são largamente atribuídos à fração sulfonamida da substância. Muitos anos de estudo tem mostrado que a atividade antiinflamatória da mesalazina é comparável, ao nível do intestino grosso, à sulfasalazina, mas com muitos menos efeitos colaterais.
    Formulações mais recentes da mesalazina tem permitido a ação antiinflamatória desde o duodeno até o reto, sendo que esta não é afetada pela presença da diarréia. A mesalazina é disponível sob a forma de comprimidos, supositórios e enema.
    OUTROS fármacos também estão disponíveis para o tratamento da doença de Crohn, como o metronidazol , azatioprina , mercapitorina e ciclosporina. São farmacos que devem ser utilizados por curtos espaço de tempo e na agudização severa da enfermidade.
    Finalmente, o objetivo de todo o tratamento da doença de Crohn é debelar o processo inflamatório tão eficazmente quando possível. O tratamento médico, a dieta apropriada, o acompanhamento psicológico estendem a fase de remissão da doença ao máximo possível, tornando os episódios de ataque agudos raros. Os pacientes tornam-se assintomáticos e podem continuar sua vida normal, obtendo uma alta qualidade de vida.

    DIETA NA DOENÇA DE CROHN

    O FIGADO, A VESÍCULA BILIAR E O PANCRÊAS NA DOENÇA DE CROHN.

    ALTERAÇÕES DA PELE NA DOENÇA DE CROHN
    A doença de Crohn foi descrita pela primeira vez em 1932 pelo Dr. Burril B. Crohn, da cidade de Nova York, como uma inflamação no intestino delgado, que é crônica e deixa cicatrizes na parede intestinal.
    O PAPEL DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

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